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%! Author = tiagorg
%! Date = 31/01/2023

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\begin{document}
\def\titulo{Matemática Discreta}
\def\autores{Tiago Garcia}
\def\autorescontactos{tiago.rgarcia@ua.pt}
\def\empresa{Universidade de Aveiro}
\def\logotipo{ua.pdf}
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\def\tema{Lógica de 1ª Ordem}
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\begin{center}
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\title{
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\author{
\href{https://github.com/TiagoRG}{\autores} \\
\href{mailto:tiago.rgarcia@ua.pt}{\autorescontactos}
}
\date{\today}
\maketitle
\pagenumbering{arabic}
\clearpage
% Content
\chapter*{Consequências Semânticas}
\section*{Teorema}
Uma fórmula $\Psi$ é consequência lógica (ou semântica) das fórmulas $\psi_1, \psi_2, \ldots, \psi_n$ se e só se $(\psi_1 \wedge \psi_2 \wedge \ldots \wedge \psi_n) \rightarrow \Psi$ é uma tautologia (fórmula válida).
\subsection*{Notação}
$ \psi_1, \ldots, \psi_n \models \Psi $\\
$\Psi$ é consequência lógica (ou semântica) de $\psi_1, \ldots, \psi_n$\\
\par $\psi_1, \ldots, \psi_n \vdash \Psi$ existe uma prova de $\Psi$ a partir de $\psi_1, \ldots, \psi_n$\\
A prova recorre a regras de dedução designadas por regras de inferência, e a tautologias conhecidas.
\section*{Teorema}
$\psi_1, \ldots, \psi_n \models \Psi$\\
($\Psi$ é consequẽncia lógica de $\psi_1, \ldots, \psi_n$) se e só se o conjunto ${{\psi_1, \ldots, \psi_n, \neg\Psi}}$ é inconsistente, isto é, não existe uma interpretação para a qual todas as fórmulas do conjunto tomam valor 1.
\par Para verificar se este conjunto de fórmulas é inconsistente usamos uma nova regra designada por resolução:\\\\
$ \frac{\psi \rightarrow \theta~~~\Psi\vee\psi}{\theta\vee\psi} res $\\Indicam que aplicámos a regra/método da resolução.
\subsection*{Casos particulares}
\begin{enumerate}
\item{Se $ \theta \equiv \bot $ obtemos\\
$\frac{\Psi \rightarrow \bot~~~\Psi\vee\psi}{\bot\vee\psi}$\\
simplificando como: $\bot\vee\psi\equiv\psi~~$ e $~~\Psi\rightarrow\bot\equiv\ned\Psi\vee\bot\equiv\ned\Psi$
\par Para este caso particular a regra da resolução é:\\
$\frac{\neg\Psi~~~\Psi\vee\psi}{\psi} res ~~ \rightarrow \neg\Psi, \Psi $ são lineares complementares.
}
\item {
Se $ \theta\equiv\bot~~~e~~~\psi\equiv\bot $ (este é um caso particular do caso 1.)
\par Se $\psi\equiv\bot$ então $\Psi\vee\psi\equiv\Psi\vee\bot\equiv\Psi$\\
Substituindo no caso particular da regra de resolução obtida em 1. tem-se\\
$ \frac{\neg\Psi~~~\Psi}{\bot} res $
}
\end{enumerate}
\chapter*{Lógica Proposicional}
\section*{Definição}
\subsection*{Simbolos}
Variáveis proposicionais: $p, q, \Psi, \psi, \ldots$\\
Constantes: $\bot e \top$
Conetivos lógicos: $\wedge, \vee, \rightarrow, \leftrightarrow, \neg, \equiv$
\subsection*{Regras de construção}
\begin{enumerate}
\item{Se $\psi$ é uma fórmula proposicional então $\neg\neg\psi$ é uma fórmula proposicional.}
\item{Se $\psi$ e $\theta$ são fórmulas proposicionais então $\psi\wedge\theta$ é uma fórmula proposicional.}
\item{Se $\psi$ e $\theta$ são fórmulas proposicionais então $\psi\vee\theta$ é uma fórmula proposicional.}
\item{Se $\psi$ e $\theta$ são fórmulas proposicionais então $\psi\rightarrow\theta$ é uma fórmula proposicional.}
\item{Se $\psi$ e $\theta$ são fórmulas proposicionais então $\psi\leftrightarrow\theta$ é uma fórmula proposicional.}
\end{enumerate}
\section*{Dedução na lógica proposicional}
\begin{itemize}
\item {Verificar se uma fórmula é consequência lógica de um conjunto finito de fórmulas.\\
$\psi_1, \ldots, \psi_n \models \Psi$
}
\item {Vimos que a consequência lógica é válida se e só se a implicação\\
$\psi_1 \wedge \psi_2 \wedge \ldots \wedge \psi_n \rightarrow \Psi$ é uma tautologia.
}
\end{itemize}
\subsection*{Para verificar se uma consequência lógica é válida:}
\begin{enumerate}
\item Verificar se a implicação associada é uma tautologia.
\item Verificar se é possível obter (também são usados os termos deduzir, derivar, entre outros) $\Psi$ a partir de $\psi_1, \ldots, \psi_n$, recorrendo a regras de inferência e tautologias conhecidas (propriedades dos conetivos lógicos).\\ (através de uma sequência de deduções em que aplicamos as regras de inferências e tautologias), diz-se que existe uma prova de $\Psi$ a partir de $\psi_1, \ldots, \psi_n$ e escreve-se $\psi_1, \ldots, \psi_n \vdash \Psi$.
\item Aplicar a regra de resolução - Método de resolução.
\end{enumerate}
\subsubsection*{Método de resolução}
A consequência lógica $\psi_1, \ldots, \psi_n \models, \Psi$ é válida se e só se o conjunto de fórmulas {$\psi_1, \ldots, \psi_n, \neg\Psi$} é inconsistente, ou seja, este conjunto contém $\bot$ ou é possível deduzir $\bot$ a partir deste conjunto de fórmulas, isto é, existe uma prova de $\bot$ a partir de $\psi_1,\ldots,\psi_n,\neg\Psi$.
\chapter*{Lógica de 1ª ordem}
\section*{Definição} {
Exemplo de uma fórmula da lógica proposicional:\\
$(p \wedge q) \rightarrow r $\\
Para traduzir frases do tipo:\\
i) \color{red} todos \color{black} os gatos têm garras.\\
ii) \color{red} alguns \color{black} alunos de MD têm 20.\\
\par Passamos da lógica proposicional para a lógica de 1ª ordem (esta última engloba a outra).
}
\section*{Linguagem da lógica de 1ª ordem} {
\subsection*{Alfabeto} {
\begin{enumerate}
\item Variáveis: x, y, z, \ldots;
\item Conetivos lógicos da lógica proposicional: $\wedge, \vee, \rightarrow, \leftrightarrow, \neg, \equiv$;
\item Constantes da lógica proposicional: $\bot e \top$;
\item Os quantificadores $\forall~e~\exists$;
\item O símbolo de igualdade: =;
\item Símbolos de constantes;
\item Símbolos de funções com aridade $n \in N$ (isto é, com $n$ argumentos);
\item Símbolos de predicados.
\end{enumerate}
}
\subsection*{Termo} {
\begin{enumerate}
\item Cada variável e cada símbolo de constante é um termo;
\item { Se f é símbolo de função com aridade $n$ e $t_1, \ldots, t_n$ são termos então $f(t_1, \ldots, t_n)$ é um termo.\\\\
Exemplo: {
\begin{itemize}
\item Variáveis: $x, y, z$;
\item Constantes: $a = 1$, $b = $ Maria, $c = $ Gato tareco;
\item Funções: pai(Maria), onde\\ Pai: $P\rightarrow P$, onde $P$ é o conjunto das pessoas.
\item Predicado: $par(x)="x$ é par\("\), $D=N$\\ $par(2)=1,~~par(3)=0$, etc.
\end{itemize}
Como é que se constroem as fórmulas da lógica de 1.ª ordem?\\
Definição (recursiva) de fórmula:
\begin{itemize}
\item $P(t_1, \ldots, t_n)$ é uma fórmla, considerando $P$ um simbolo de predicado e $t_1,\ldots,t_n$ termos.
\item Se $\psi$ e $\Psi$ sao fórmulas então:\\ $\psi \wedge \Psi$, $\psi \vee \Psi$, $\psi \rightarrow \Psi$, $\psi \leftrightarrow \Psi$, $\neg\psi$, $\bot$ e $\top$ são fórmulas.
\item Se $\psi$ é uma fórmula e $x$ é uma variável então $\forall x \psi$ e $\exists x \psi$ também são fórmulas.
\item Se $t_1$ e $t_2$ são termos então $t_1 = t_2$ é uma fórmula.
\end{itemize}
}
}
\end{enumerate}
}
\subsection*{Átomo} {
Na lógica proposicional, os átomos são as proposições atómicas (ex: $p =$ "chove", $q = $ "vou à aula de MD")\\
\par Os átomos da lógica de 1ª ordem são:
\begin{enumerate}
\item $\bot, \top$
\item $t_1=t_2$, com $t_1$ e $t_2$ termos
\item $P(t_1,\ldots,t_n)$, onde $t_1,\ldots,t_n$ são termos e $P$ é um simbolo de predicado.
\end{enumerate}
\subsubsection*{Exemplo} {
Consideremos os espaços vetoriais estudados na ALGA.\\
O alfabeto inclui:
\begin{itemize}
\item O símbolo de constante o que representa o elemento nulo dos espaço vetorial
\item Símbolos de funções
\begin{enumerate}
\item Para cada $\alpha \in R$, o símbolo de funções\\ $\alpha \cdot \_$\\ que tem aridade 1 correspondente à multiplicação escalar.
\item O símbolo de função + com aridade 2, que corresponde à adição de elementos do espaço vetorial.
\end{enumerate}
\end{itemize}
}
\subsubsection*{Exemplos} {
Converta as seguintes afirmações para linguagem simbólica da lógica de 1ª ordem:
\begin{enumerate}
\item{ \color{red}Todos \color{black} os gatos têm garras.\\
\color{red} $\forall x$ \color{black} [$g(x) \rightarrow t(x)$]\\
\color{red} Universo: $U$ = conjunto dos animais.
}
\item{ \color{red} Alguns \color{black} alunos de MD têm 20.\\
\color{red} $\exists x$ \color{black} ($MD(x) \wedge V(x)$)\\
MD(x) = "x é aluno de MD"\\
V(x) = "x tem 20"
\color{red} Universo: $U$ = alunos da UA em 22/23
}
\end{enumerate}
}
}
}
\section*{Folha 1}
\subsection*{Exercício 2.}
\subsubsection*{c)}
\color{red} Todos \color{black} os insetos são mais leves do que \color{red} algum \color{black} mamífero.~~~~~\color{red} $\forall$ $\exists$\\
\color{black} Predicados:\\
$I(x)$ = ``x é um inseto``\\
$L(y,z)$ = ``y é mais leve do que z``\\
$M(w)$ = ``w é um mamífero``\\
\par $\forall x \left(I(x) \rightarrow \exists y \left( M(y) \wedge L(x, y) \right) \right)$
\par Obs: Alcance de cada quantificador:\\
\begin{itemize}
\item Ocorrência de x ligada: $I(x)$
\item Alcance de $\forall x$: $\left(I(x) \rightarrow \exists y \left( M(y) \wedge L(x, y \right) \right)$
\item Ocorrências de y ligadas: $M(y)$ e $L(x, y)$
\item Alcance de $\exists y$: $\left( M(y) \wedge L(x, y \right)$
\end{itemize}
\chapter*{Fórmula fechada} {
\section*{Definição} {
Fórmula que não tem variáveis com occorrências livres.
\subsection*{Exemplo} {
$\forall x~\exists y~(P(x)~\rightarrow~R(x,y))$ é uma fórmula fechada.
\par $\exists y~((\forall x~P(x))~\wedge~R(x,y))$, esta fórmula não é uma fórmula fechada.
}
\subsection*{Negação de fórmula com quantificadores} {
\begin{enumerate}
\item $\neg (\forall x~\psi)~\equiv~\exists x~\neg \psi$.
\item $\neg (\exists x~\psi)~\equiv~\forall x~\neg \psi$.
\end{enumerate}
$\psi$ - parte da fórmula que está sob o quantificador.
}
}
\section*{Introdução das fórmulas da lógica de 1ª ordem} {
\subsection*{Definição} {
\begin{itemize}
\item Estrututa;
\item Valoração,~~~V:$var~\rightarrow~D$, onde $D$ é o conjunto das variáveis.
\end{itemize}
O conceito de valoração pode ser entendido por forma a podermos considerar a valoração de um termo.\\
$V(a) = a$, se $a$ é uma constante $V(f(t_1,\ldots,t_n)) = f^M(V(t_1),\ldots,V(t_n))$.
\textbf{Obs:} Frequentemente denotamos o símbolo de função $f$ e a função correspondente na estrutura $f^M$, pela mesma letra.
}
\subsection*{Exemplo dos slides} {
$V(M(A, x)) = M^M(V(A), V(x)) = M(A^M, 2) = M(1,2) = |1-2| = |-1| = 1$,~~~~~~$V(A) = A$ porque $A$ é uma constante.
}
}
\section*{Interpretação de fórmulas} {
\subsection*{Exemplo de interpretação de fórmulas (ver slides)} {
\subsubsection*{i)} {
Mostre que $R(x, A)$ não é válida na interpretação $(M,V)$\\
\par Note-se que $\neg (M,V)\models R(x,A)$ se e só se $(M,V) \models \neg R(x,A)$ ($\neg R(x,A)$ é válida na interpretação $(M,V)$)\\
\par $V(\neg R(x,A))\equiv\neg R(V(x),V(A))\equiv\neg R(2, A^M)\equiv\neg R(2, 1)\\\equiv\neg(2 < 1)\equiv\neg\bot\equiv\top $\\Logo, $\neg R(x, A)$ é valida na interpretação $(M,V)$, isto é, $(M,V)\models\neg R(x, A)$\\
Isto é equivalente a afirmar que $R(x,A)$ não é válida nesta interpretação.
}
}
}
}
\chapter*{Forma normal de Skolem} {
\section*{Definição} {
Uma fórmula $\phi$ é dita em forma normal de Skolem se $\phi$ é uma fórmula na forma normal conjuntiva e não contém nenhum quantificador universal.
}
\section*{Exemplo} {
\subsection*{1)} {
$\forall x~P(x, f(x))\wedge\neg R(x) $, onde $f$ é uma função e $R$ e $P$ são predicados.\\
}
\subsection*{2)} {
$\forall x~\forall y~(P(x, f(x)) \wedge (\neg R(x)~\vee~P(x,y)))$
\subsubsection*{Ideia} {
\begin{enumerate}
\item Convertemos $F$ numa fórmula $G$ que está na FNC prenex.\\ Note-se que $F \equiv G$
\item A partir de $G$ obtemos uma fórmula $H$ que está na forma normal de Skolem.
\end{enumerate}
\textbf{Para tal:}\\
\begin{itemize}
\item Se no início da fórmula temos um quantificador do tipo $\exists x$, substituimos todas as ocorrências de $x$ por um símbolo $a$ que represente uma constante e eliminamos o quantificador $\equiv x$.
\item Se na fórmula existe um quantificador existencial $\exists x_k$ com os quantificadores universais $\forall x_1~\forall x_2~\dots~\forall x_{k-1}$, à sua esquerda, substituimos todas as ocorrências de $x_k$ por um símbolo de função que ainda não esteja na fórmula, por exemplo $f$, que tem nos seus argumentos as variáveis $x_1, x_2, \dots, x_{k-1}$, isto é, $x_k$ é substituido por $f(x_1,\ldots,x_{k-1})$.\\\textbf{Atenção:} A fórmula $H$ que obtemos na forma normal de Skolen pode não ser (logicamente) equivalente à fórmula $G$ escrita na FNC prenex ou à fórmula $F$ original.
\end{itemize}
}
}
}
}
\end{document}

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\def\logotipo{ua.pdf} \def\logotipo{ua.pdf}
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\def\tema{Lógica de 1ª Ordem} \def\tema{}
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% Content % Content
\chapter*{Consequências Semânticas}
\section*{Teorema}
Uma fórmula $\Psi$ é consequência lógica (ou semântica) das fórmulas $\psi_1, \psi_2, \ldots, \psi_n$ se e só se $(\psi_1 \wedge \psi_2 \wedge \ldots \wedge \psi_n) \rightarrow \Psi$ é uma tautologia (fórmula válida).
\subsection*{Notação}
$ \psi_1, \ldots, \psi_n \models \Psi $\\
$\Psi$ é consequência lógica (ou semântica) de $\psi_1, \ldots, \psi_n$\\
\par $\psi_1, \ldots, \psi_n \vdash \Psi$ existe uma prova de $\Psi$ a partir de $\psi_1, \ldots, \psi_n$\\
A prova recorre a regras de dedução designadas por regras de inferência, e a tautologias conhecidas.
\section*{Teorema}
$\psi_1, \ldots, \psi_n \models \Psi$\\
($\Psi$ é consequẽncia lógica de $\psi_1, \ldots, \psi_n$) se e só se o conjunto ${{\psi_1, \ldots, \psi_n, \neg\Psi}}$ é inconsistente, isto é, não existe uma interpretação para a qual todas as fórmulas do conjunto tomam valor 1.
\par Para verificar se este conjunto de fórmulas é inconsistente usamos uma nova regra designada por resolução:\\\\
$ \frac{\psi \rightarrow \theta~~~\Psi\vee\psi}{\theta\vee\psi} res $\\Indicam que aplicámos a regra/método da resolução.
\subsection*{Casos particulares}
\begin{enumerate}
\item{Se $ \theta \equiv \bot $ obtemos\\
$\frac{\Psi \rightarrow \bot~~~\Psi\vee\psi}{\bot\vee\psi}$\\
simplificando como: $\bot\vee\psi\equiv\psi~~$ e $~~\Psi\rightarrow\bot\equiv\ned\Psi\vee\bot\equiv\ned\Psi$
\par Para este caso particular a regra da resolução é:\\
$\frac{\neg\Psi~~~\Psi\vee\psi}{\psi} res ~~ \rightarrow \neg\Psi, \Psi $ são lineares complementares.
}
\item {
Se $ \theta\equiv\bot~~~e~~~\psi\equiv\bot $ (este é um caso particular do caso 1.)
\par Se $\psi\equiv\bot$ então $\Psi\vee\psi\equiv\Psi\vee\bot\equiv\Psi$\\
Substituindo no caso particular da regra de resolução obtida em 1. tem-se\\
$ \frac{\neg\Psi~~~\Psi}{\bot} res $
}
\end{enumerate}
\chapter*{Lógica Proposicional}
\section*{Definição}
\subsection*{Simbolos}
Variáveis proposicionais: $p, q, \Psi, \psi, \ldots$\\
Constantes: $\bot e \top$
Conetivos lógicos: $\wedge, \vee, \rightarrow, \leftrightarrow, \neg, \equiv$
\subsection*{Regras de construção}
\begin{enumerate}
\item{Se $\psi$ é uma fórmula proposicional então $\neg\neg\psi$ é uma fórmula proposicional.}
\item{Se $\psi$ e $\theta$ são fórmulas proposicionais então $\psi\wedge\theta$ é uma fórmula proposicional.}
\item{Se $\psi$ e $\theta$ são fórmulas proposicionais então $\psi\vee\theta$ é uma fórmula proposicional.}
\item{Se $\psi$ e $\theta$ são fórmulas proposicionais então $\psi\rightarrow\theta$ é uma fórmula proposicional.}
\item{Se $\psi$ e $\theta$ são fórmulas proposicionais então $\psi\leftrightarrow\theta$ é uma fórmula proposicional.}
\end{enumerate}
\section*{Dedução na lógica proposicional}
\begin{itemize}
\item {Verificar se uma fórmula é consequência lógica de um conjunto finito de fórmulas.\\
$\psi_1, \ldots, \psi_n \models \Psi$
}
\item {Vimos que a consequência lógica é válida se e só se a implicação\\
$\psi_1 \wedge \psi_2 \wedge \ldots \wedge \psi_n \rightarrow \Psi$ é uma tautologia.
}
\end{itemize}
\subsection*{Para verificar se uma consequência lógica é válida:}
\begin{enumerate}
\item Verificar se a implicação associada é uma tautologia.
\item Verificar se é possível obter (também são usados os termos deduzir, derivar, entre outros) $\Psi$ a partir de $\psi_1, \ldots, \psi_n$, recorrendo a regras de inferência e tautologias conhecidas (propriedades dos conetivos lógicos).\\ (através de uma sequência de deduções em que aplicamos as regras de inferências e tautologias), diz-se que existe uma prova de $\Psi$ a partir de $\psi_1, \ldots, \psi_n$ e escreve-se $\psi_1, \ldots, \psi_n \vdash \Psi$.
\item Aplicar a regra de resolução - Método de resolução.
\end{enumerate}
\subsubsection*{Método de resolução}
A consequência lógica $\psi_1, \ldots, \psi_n \models, \Psi$ é válida se e só se o conjunto de fórmulas {$\psi_1, \ldots, \psi_n, \neg\Psi$} é inconsistente, ou seja, este conjunto contém $\bot$ ou é possível deduzir $\bot$ a partir deste conjunto de fórmulas, isto é, existe uma prova de $\bot$ a partir de $\psi_1,\ldots,\psi_n,\neg\Psi$.
\chapter*{Lógica de 1ª ordem}
\section*{Definição} {
Exemplo de uma fórmula da lógica proposicional:\\
$(p \wedge q) \rightarrow r $\\
Para traduzir frases do tipo:\\
i) \color{red} todos \color{black} os gatos têm garras.\\
ii) \color{red} alguns \color{black} alunos de MD têm 20.\\
\par Passamos da lógica proposicional para a lógica de 1ª ordem (esta última engloba a outra).
}
\section*{Linguagem da lógica de 1ª ordem} {
\subsection*{Alfabeto} {
\begin{enumerate}
\item Variáveis: x, y, z, \ldots;
\item Conetivos lógicos da lógica proposicional: $\wedge, \vee, \rightarrow, \leftrightarrow, \neg, \equiv$;
\item Constantes da lógica proposicional: $\bot e \top$;
\item Os quantificadores $\forall~e~\exists$;
\item O símbolo de igualdade: =;
\item Símbolos de constantes;
\item Símbolos de funções com aridade $n \in N$ (isto é, com $n$ argumentos);
\item Símbolos de predicados.
\end{enumerate}
}
\subsection*{Termo} {
\begin{enumerate}
\item Cada variável e cada símbolo de constante é um termo;
\item { Se f é símbolo de função com aridade $n$ e $t_1, \ldots, t_n$ são termos então $f(t_1, \ldots, t_n)$ é um termo.\\\\
Exemplo: {
\begin{itemize}
\item Variáveis: $x, y, z$;
\item Constantes: $a = 1$, $b = $ Maria, $c = $ Gato tareco;
\item Funções: pai(Maria), onde\\ Pai: $P\rightarrow P$, onde $P$ é o conjunto das pessoas.
\item Predicado: $par(x)="x$ é par\("\), $D=N$\\ $par(2)=1,~~par(3)=0$, etc.
\end{itemize}
Como é que se constroem as fórmulas da lógica de 1.ª ordem?\\
Definição (recursiva) de fórmula:
\begin{itemize}
\item $P(t_1, \ldots, t_n)$ é uma fórmla, considerando $P$ um simbolo de predicado e $t_1,\ldots,t_n$ termos.
\item Se $\psi$ e $\Psi$ sao fórmulas então:\\ $\psi \wedge \Psi$, $\psi \vee \Psi$, $\psi \rightarrow \Psi$, $\psi \leftrightarrow \Psi$, $\neg\psi$, $\bot$ e $\top$ são fórmulas.
\item Se $\psi$ é uma fórmula e $x$ é uma variável então $\forall x \psi$ e $\exists x \psi$ também são fórmulas.
\item Se $t_1$ e $t_2$ são termos então $t_1 = t_2$ é uma fórmula.
\end{itemize}
}
}
\end{enumerate}
}
\subsection*{Átomo} {
Na lógica proposicional, os átomos são as proposições atómicas (ex: $p =$ "chove", $q = $ "vou à aula de MD")\\
\par Os átomos da lógica de 1ª ordem são:
\begin{enumerate}
\item $\bot, \top$
\item $t_1=t_2$, com $t_1$ e $t_2$ termos
\item $P(t_1,\ldots,t_n)$, onde $t_1,\ldots,t_n$ são termos e $P$ é um simbolo de predicado.
\end{enumerate}
\subsubsection*{Exemplo} {
Consideremos os espaços vetoriais estudados na ALGA.\\
O alfabeto inclui:
\begin{itemize}
\item O símbolo de constante o que representa o elemento nulo dos espaço vetorial
\item Símbolos de funções
\begin{enumerate}
\item Para cada $\alpha \in R$, o símbolo de funções\\ $\alpha \cdot \_$\\ que tem aridade 1 correspondente à multiplicação escalar.
\item O símbolo de função + com aridade 2, que corresponde à adição de elementos do espaço vetorial.
\end{enumerate}
\end{itemize}
}
\subsubsection*{Exemplos} {
Converta as seguintes afirmações para linguagem simbólica da lógica de 1ª ordem:
\begin{enumerate}
\item{ \color{red}Todos \color{black} os gatos têm garras.\\
\color{red} $\forall x$ \color{black} [$g(x) \rightarrow t(x)$]\\
\color{red} Universo: $U$ = conjunto dos animais.
}
\item{ \color{red} Alguns \color{black} alunos de MD têm 20.\\
\color{red} $\exists x$ \color{black} ($MD(x) \wedge V(x)$)\\
MD(x) = "x é aluno de MD"\\
V(x) = "x tem 20"
\color{red} Universo: $U$ = alunos da UA em 22/23
}
\end{enumerate}
}
}
}
\section*{Folha 1}
\subsection*{Exercício 2.}
\subsubsection*{c)}
\color{red} Todos \color{black} os insetos são mais leves do que \color{red} algum \color{black} mamífero.~~~~~\color{red} $\forall$ $\exists$\\
\color{black} Predicados:\\
$I(x)$ = ``x é um inseto``\\
$L(y,z)$ = ``y é mais leve do que z``\\
$M(w)$ = ``w é um mamífero``\\
\par $\forall x \left(I(x) \rightarrow \exists y \left( M(y) \wedge L(x, y) \right) \right)$
\par Obs: Alcance de cada quantificador:\\
\begin{itemize}
\item Ocorrência de x ligada: $I(x)$
\item Alcance de $\forall x$: $\left(I(x) \rightarrow \exists y \left( M(y) \wedge L(x, y \right) \right)$
\item Ocorrências de y ligadas: $M(y)$ e $L(x, y)$
\item Alcance de $\exists y$: $\left( M(y) \wedge L(x, y \right)$
\end{itemize}
\chapter*{Fórmula fechada} {
\section*{Definição} {
Fórmula que não tem variáveis com occorrências livres.
\subsection*{Exemplo} {
$\forall x~\exists y~(P(x)~\rightarrow~R(x,y))$ é uma fórmula fechada.
\par $\exists y~((\forall x~P(x))~\wedge~R(x,y))$, esta fórmula não é uma fórmula fechada.
}
\subsection*{Negação de fórmula com quantificadores} {
\begin{enumerate}
\item $\neg (\forall x~\psi)~\equiv~\exists x~\neg \psi$.
\item $\neg (\exists x~\psi)~\equiv~\forall x~\neg \psi$.
\end{enumerate}
$\psi$ - parte da fórmula que está sob o quantificador.
}
}
\section*{Introdução das fórmulas da lógica de 1ª ordem} {
\subsection*{Definição} {
\begin{itemize}
\item Estrututa;
\item Valoração,~~~V:$var~\rightarrow~D$, onde $D$ é o conjunto das variáveis.
\end{itemize}
O conceito de valoração pode ser entendido por forma a podermos considerar a valoração de um termo.\\
$V(a) = a$, se $a$ é uma constante $V(f(t_1,\ldots,t_n)) = f^M(V(t_1),\ldots,V(t_n))$.
\textbf{Obs:} Frequentemente denotamos o símbolo de função $f$ e a função correspondente na estrutura $f^M$, pela mesma letra.
}
\subsection*{Exemplo dos slides} {
$V(M(A, x)) = M^M(V(A), V(x)) = M(A^M, 2) = M(1,2) = |1-2| = |-1| = 1$,~~~~~~$V(A) = A$ porque $A$ é uma constante.
}
}
\section*{Interpretação de fórmulas} {
\subsection*{Exemplo de interpretação de fórmulas (ver slides)} {
\subsubsection*{i)} {
Mostre que $R(x, A)$ não é válida na interpretação $(M,V)$\\
\par Note-se que $\neg (M,V)\models R(x,A)$ se e só se $(M,V) \models \neg R(x,A)$ ($\neg R(x,A)$ é válida na interpretação $(M,V)$)\\
\par $V(\neg R(x,A))\equiv\neg R(V(x),V(A))\equiv\neg R(2, A^M)\equiv\neg R(2, 1)\\\equiv\neg(2 < 1)\equiv\neg\bot\equiv\top $\\Logo, $\neg R(x, A)$ é valida na interpretação $(M,V)$, isto é, $(M,V)\models\neg R(x, A)$\\
Isto é equivalente a afirmar que $R(x,A)$ não é válida nesta interpretação.
}
}
}
}
\chapter*{Forma normal de Skolem} {
\section*{Definição} {
Uma fórmula $\phi$ é dita em forma normal de Skolem se $\phi$ é uma fórmula na forma normal conjuntiva e não contém nenhum quantificador universal.
}
\section*{Exemplo} {
\subsection*{1)} {
$\forall x~P(x, f(x))\wedge\neg R(x) $, onde $f$ é uma função e $R$ e $P$ são predicados.\\
}
\subsection*{2)} {
$\forall x~\forall y~(P(x, f(x)) \wedge (\neg R(x)~\vee~P(x,y)))$
\subsubsection*{Ideia} {
\begin{enumerate}
\item Convertemos $F$ numa fórmula $G$ que está na FNC prenex.\\ Note-se que $F \equiv G$
\item A partir de $G$ obtemos uma fórmula $H$ que está na forma normal de Skolem.
\end{enumerate}
\textbf{Para tal:}\\
\begin{itemize}
\item Se no início da fórmula temos um quantificador do tipo $\exists x$, substituimos todas as ocorrências de $x$ por um símbolo $a$ que represente uma constante e eliminamos o quantificador $\equiv x$.
\item Se na fórmula existe um quantificador existencial $\exists x_k$ com os quantificadores universais $\forall x_1~\forall x_2~\dots~\forall x_{k-1}$, à sua esquerda, substituimos todas as ocorrências de $x_k$ por um símbolo de função que ainda não esteja na fórmula, por exemplo $f$, que tem nos seus argumentos as variáveis $x_1, x_2, \dots, x_{k-1}$, isto é, $x_k$ é substituido por $f(x_1,\ldots,x_{k-1})$.\\\textbf{Atenção:} A fórmula $H$ que obtemos na forma normal de Skolen pode não ser (logicamente) equivalente à fórmula $G$ escrita na FNC prenex ou à fórmula $F$ original.
\end{itemize}
}
}
}
}
\end{document} \end{document}